MAIS DE UM SÉCULO NO BRASIL

 

  Esta página traz uma reportagem sobre os 100 anos de PELLANDA em Curitiba-PR.

 

 

PELLANDA a história viva do bairro do Umbará (Curitiba - PR)

Mais de um século de Brasil

 

No exato dia 13 de outubro de 1892, chegava ao Brasil a família Pellanda. O Sr. Bortolo e Dona Domingas Bernardi Pellanda com seus filhos Miguel Angelo, Benvenutto e João. Já no Brasil nasceu a filha Maria.

 


Na parede de madeira da casa a pintura artística preservada ao longo dos anos,
registra o esmero dentro de casa.

 

Quem conta um pouco desta história, é o neto Afonso Pellanda, filho de Miguel Angelo.

Da Itália para o Brasil, a família inicialmente residiu em São José dos Pinhais por um período de aproximadamente sete meses, tempo de construir a moradia definitiva no bairro do Umbará.

 


Sr. Afonso Pellanda durante a entrevista, em sua casa.
 

Cultivavam a terra, buscando culturas que dominavam, como a uva e verduras em geral. Tinham ainda à disposição a erva nativa e criavam também animais visando garantir sua subsistência. Aos poucos, foram se adaptando ao clima e à região.

Em Curitiba, no bairro do Umbará, Miguel Angelo, pai de Afonso, seguindo a tradição da família, também iniciou pelo cultivo da terra. Para ampliar sua renda, decidiu trabalhar também como carroceiro, fazendo frete de lenha, para poder sustentar os 15 filhos que teve com a esposa Maria de Lourdes a "Lurdinha" da família Peus.

 


Diante de um velho (e enorme) nó de pinho, o casal Afonso e Lurdinha (centro) com
Zezo Scroccaro (esq.), Rosi Nichele e Gelmari Carcereri (dir.). Logo após a entrevista.


Enquanto cuidava de sua vida e do futuro dos filhos, Ângelo esteve sempre por perto dos irmãos.

Nicola, começou trabalhando na estrada de rodagem de Tijucas do Sul. Depois casou e montou um matadouro com curtume e leiteria.

Benvenuto, acabou morrendo solteiro. Ainda jovem sofreu ferimento que o impediu de ter uma vida normal.

João, conhecido como "Naneti", foi o filho que ficou com o patriarca, ajudando na roça, na lida com a erva-mate, olaria e areal. Deixou nove filhos. A filha Maria, casou com Guilherme Scroccaro e teve doze filhos.

 


Foto bem característica da época: a família diante da criação de porcos,
orgulhosos mostrando a riqueza da garantia da mesa farta.

 

A vida para a família, em Curitiba, segundo o "Seo" Afonso, foi sempre de muito trabalho, em geral, as propriedades eram muito parecidas: galinhas no terreiro (para os dias especiais e para pôr ovos), porco para o gasto (geralmente criado solto) e sempre sobrava algum para vender, vaca leiteira, um ou outro tourinho e alguns carneiros. E para não esquecer a origem, os parreirais de onde se produzia o "abençoado" vinho sempre presente à mesa.

A exploração da erva nativa também era uma atividade normal para o período de inverno, quando também se uniam para construir suas casas e no verão se dedicavam ao plantio de lavouras ao mesmo tempo em que acumulavam lenha para utilizar no inverno.

Afonso Pellanda dedicou boa parte de sua vida na compra de produtos da família e de vizinhos do bairro que eram revendidos na cidade. Saía, segundo lembra a esposa Lurdinha, sempre de madrugada e voltava quando já era noite. Num dia, recolhia ovos, palha para cigarro, fumo, pinhão, queijo, requeijão, lingüiça, galinha viva e outros produtos. No dia seguinte, de madrugada, partia para a cidade para revender estes produtos.
 


Típica foto de registra da família dando ênfase para os valores cultivados na propriedade.
 



GAZETA DO BAIRRO - Edição 9, ano I - 2a. quinzena de setembro/1997 - Pág. 9.
 

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